Ao meu melhor companheiro de viagem.
Ao único que nunca se queixou,
ao único que nunca se zangou,
ao único que ainda podendo,
nunca me insultou.
Ao único que me acompanhou a Andaluzia,
onde o calor de Sevilha nos embriagou.
Ao que me acompanhou ao Porto
e sem dar conta,
mil vezes me rejeitou.
Ao que me acompanhou ao norte,
onde Gijón viu dois loucos forasteiros,
Uma muito bela e o outro louco de amor por ela.
Ao que me acompanhou a Paris,
a cidade do amor e do romantismo
para os turistas e endinheirados,
e do amor e do romantismo
para dois pobres estrangeiros
que passavam as noites
sobre o Sena.
Cerveja na boca, cigarro na mão,
cerveja na mão e beijos apaixonados,
cerveja pousada e ambas as mãos
noutras ocupações.
Ao que me acompanhou a Bruxelas,
cidade que esvaziou os nossos bolsos,
roubou as nossas roupas,
mas que nos encheu o coração.
Ao que me acompanhou a Amesterdão,
e essa, erradamente chamada
cidade do pecado,
viu-nos pecar.
Mas também nos viu chorar,
beijar e despedir.
Àquele que eu amo pelo que é
e pelo que me faz sentir.
A ele,
por ter sido
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