Singularidades de uma Rapariga Loira

Ontem fui um antigo local de trabalho. Aquele em que eu adorei trabalhar, que me fazia acordar todos os dias cheia de vontade de ser criativa, o local onde sempre quis estar e aquele que era exactamente o que eu idealizava quando quis seguir esta profissão e que, infelizmente, vi-me "forçada" a deixar. 

Confesso que no início estava muito contente ao ver todas as mudanças e rever as pessoas com quem trabalhei, mas à medida que ia entrando e conhecendo os novos cantos da casa comecei a ficar triste e saí já a conter as lágrimas. Comecei a questionar as decisões que tomei na altura, a sentir saudades das pessoas, sentir de novo que aquela era a minha casa e que, ali sim, eu seria feliz. Porque é que não aguentei mais um mês? Se calhar poderia fazer a diferença e talvez estaria lá até hoje, sentindo-me realizada e feliz com o meu trabalho e com as pessoas que me rodeavam. Assistiria à evolução e ao culminar de muitas horas de trabalho e amor à profissão. Os meus antigos colegas a abraçarem-me pelos corredores e a perguntar se eu voltava... foi difícil, mesmo muito difícil e prometi a mim mesma que não voltaria lá. Estou a passar uma fase de frustração profissional, ainda que esteja neste momento empregada, e ir ao sitio onde quero e sempre quis trabalhar e saber que as pessoas também gostavam que lá estivesse ainda me magoa mais.

Quando é que será que chega a minha vez? Quando é que a sorte vai bater à minha porta, para variar?